UM DOMINGO INESQUECÍVEL

texto especial por Caio Filardi.

Uma tarde fria e chuvosa de domingo. Uma tarde de decisão quente no Palestra. O clima lembrava aquele ano de 1993, onde também em uma tarde com as mesmas características o Palmeiras escreveu uma das páginas mais lindas de sua história.

Mas a semelhança não ficou só no frio e na chuva não. O clima de confiança da torcida era o mesmo, talvez até maior neste 20/04/2008. A certeza da vitória estava estampada no rosto de cada torcedor palestrino.

A festa começou cedo. Por volta das 11hs da manhã a famosa Rua Tuariassu já estava lotada. O mar verde já alagava as entradas do Palestra. Nem quando a chuva aumentou a Nação Alvi-Verde parou. Pelo contrário. Aí é que todos cantavam e pulavam. Simplesmente maravilhoso.

Momentos antes da abertura dos portões então, meu Deus. Não se andava em frente ao Palestra. Homens e mulheres, adultos e crianças, jovens e idosos, todos movidos por uma paixão, por uma certeza. Aquele dia era dia de mais uma vitória incontestável da gloriosa Sociedade Esportiva Palmeiras.

14hs. Portões abertos. A cada passo dentro do Estádio em direção as arquibancadas, o sorriso, a emoção, a adrenalina aumentava. E uma vez na arquibancada os minutos pareciam uma eternidade.

Enfim o jogo. Ah, e que jogo. Ao entrar em campo toda aquela certeza de uma vitória pela torcida se transformara em apenas uma pequena questão de tempo. Um tempo que duraria não muito mais que 90 minutos.

Eis que surge o Alvi-Verde imponente no gramado em que a luta o aguardava, com seu Manto Sagrado em verde escuro divino, e com os calções e as meias em branco.

Começado o jogo, não há muito o que dizer, a não ser o que todo esperava. O que mais de 20 milhões de palmeirenses viram. Mais um show da Academia de futebol do Palmeiras. Um vareio de bola pra cima da bixarada. Uma pressão absurda em cima das meninas do Jd.Leonor. Pressão que foi recompensada com dois golaços. Um tirombaço de Léo Lima e um toque sutil de Valdívia.

Pressão que refletiu também do outro lado. O lado dos bastidores. No “lado negro da força”.

Em campo refletiu de uma maneira que já estamos acostumados a ver por parte daqueles ordinários, ou seja, começaram a distribuir cotoveladas e pontapés a torto e a direito. Fora do campo o reflexo foi outro. Mas também bem conhecido já no mundo do futebol.. Vendo que não ganhariam na bola, os diretores sujos do Jd.Leonor mais uma vez tentaram armar uma tremenda farsa, a mais mal feita da história do futebol por sinal. Mostrando uma gigantesca falta de caráter dessa corja colorida que representa esse timinho médio do futebol nacional. Mas também venhamos e covenhamos. Esperar que aquela laia saiba o que significa caráter é querer demais né?

Cogitaram inclusive abandonar o campo. O que também não seria nenhuma novidade não é? Afinal a 65 anos e 7 meses atrás na data de 20/09/1942 registra-se uma mistura de momento épico com o Palestra Itália em seu primeiro jogo como Palmeiras goleando a bixarada e sendo campeão, com um momento patético e digno de timinho bem pequeno, onde os Jds.Leonores fugiram de campo com medo de tomarem de goleada.

Mas vamos voltar a parte boa. Vamos deixar a mediocridade pra quem merece, a bixarada é claro.

Vamos falar da parte onde o Bem venceu o Mal. Onde a Justiça e a honestidade venceram a trapaça e corrupação. Foi uma vitória que encheu de orgulho e felicidade toda uma nação. E que fez com que esta nação fizesse uma festa jamais vista antes. Uma festa que começou logo pela manhã e só foi acalmar na madrugada seguinte, passando por uma tarde onde ninguém, ninguém sequer parou de cantar e incentivar um só minuto. Uma festa inegualável. Uma festa Inesquecível.

Isto é Palmeiras. Isto é paixão, tradição, honra, orgulho e glórias.

Obrigado por existir Palmeiras. E obrigado meu Deus por ter me dado o privilégio de ser palmeirense.